John Hinckley Jr: o fanático que tentou matar Ronald Reagan para impressionar uma atriz

Até onde a fascinação de um fã pode chegar? bem, para John Hinckley Jr, o fanatismo foi longe demais, e tomou vias trágicas nos anos 1980: o rapaz não só cometeu um ato violento, como também virou o mundo de cabeça pra baixo., Isso porque ele tentou matar o maior líder político da época, o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, em nome do amor que sentia pela atriz hollywoodiana Jodie Foster.

O atentado que, por pouco não culminou na morte de Reagan, ocorreu em 30 de março de 1981. Tudo foi planejado com antecedência e aconteceu após anos a fio de uma enorme obsessão doentia.

Inspiração do cinema

John Hinckley Jr era tão alucinado em Jodie Foster que seguia a atriz por qualquer lugar que ela fosse nos Estados Unidos., Ele até mesmo se inscreveu no mesmo curso que a jovem frequentava na Universidade de Yale, em 1980.

O fanático ficou sabendo que a moça estaria na universidade por informações da Revista People. Decidiu então direcionar à ela centenas de cartas e conseguiu falar com a estrela pelo telefone duas vezes. Jodie Foster disse não ter interesse no moço, mas isso não foi o suficiente para interromper as alucinações de Hinckley Jr por ela.,

Jodie Foster no Oscar de 1989 / Crédito: Wikimedia Commons

Um dos seus devaneios teve a ver com o filme Taxi Driver, de Martin Scorsese, que estava sendo estrelado pela atriz nos grandes telões. O admirador era tão obcecado pelo longa que o assistiu mais de 15 vezes. Seu foco era ser como o personagem Travis Bickle, que tentava proteger uma prostituta vivida por Foster.,

No fim do filme, Bickle tenta matar o candidato à presidência dos Estados Unidos durante um discurso público. Mas aquele contexto foi tirado ao pé da letra por John Hinckley Jr, que começou na vida real a perseguir o então presidente Jimmy Carter.

Em outubro de 1980, o lunático conseguiu a façanha de ficar a menos de um metro do político. Mas o jovem alucinado acabou sendo preso no Aeroporto Internacional de Nashville.

O alvo muda

Após o episódio com Jimmy Carter, Hinckley Jr se consultou com um psicanalista por ordem de sua família., Só que seus planos perturbadores não pararam de chegar em sua mente e a ajuda psicológica não deu resultado.

Ronald Reagan / Crédito: Wikimedia Commons

John Hinckley Jr começou então a ficar obcecado por Ronald Reagan e começou a planejar um atentado contra o presidente. Deixou registrada a ideia em cartas, que enviou para a atriz Jodie Foster. Os bilhetes depois foram repassados para a polícia da Universidade de Yale, onde a moça estudava na época.,

Um dos trechos das cartas dizia: ” há uma possibilidade definitiva que irei morrer na minha tentativa de pegar Reagan. É por isso que estou te escrevendo agora. Conforme sabe, eu te amo muito. Esses últimos sete meses eu te deixei dezenas de poemas, cartas e mensagens na esperança de que você desenvolva um interesse em mim”.

O dia do ataque

O presidente Ronald Reagan estava em frente ao Hotel Hilton, em Washington, quando seis tiros foram dados por Hinckley Jr em direção ao chefe de estado., Os disparos atingiram não só o presidente, como três assistentes e o assessor de imprensa James Brady, que sofreu danos cerebrais permanentes.

Ronald Reagan minutos antes do ataque / Crédito: Wikimedia Commons

Por pouco Reagan também teria danos eternos ou pior – fatais. Por sorte, no entanto, o tiro que atravessou seu pulmão esquerdo não acertou o coração ( só passou bem perto)., Hinckley Jr foi imediatamente capturado enquanto o presidente foi posto em uma limousine por um agente secreto, que correu com o político para o hospital.

Após 12 dias de internação, Reagan recebeu alta e retornou à Casa Branca. O seu quase assassino foi preso no estado do Tennessee e o veredito das acusações de porte de arma e tentativa de homicídio saiu em junho de 1982.,

Ronald Reagan e a esposa, quando ele recebeu alta do hospital / Crédito: Wikimedia Commons

Mas, para a surpresa e revolta de grande parte da população dos Estados Unidos, Hinckley Jr foi considerado “não culpado por motivo de insanidade”. Ele não saiu logo em liberdade, no entanto.

O homem foi internado na instituição de auxílio psicológico St. Elizabeth’s Hospital., Em 1999, porém, foi dada a permissão de visitas supervisionadas fora da área hospitalar, até que em 2018, o criminoso foi completamente solto.

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